ABSTRACT
INTRODUCTION: The purpose of this study was to provide objective and real-life data concerning the impact of the COVID-19 pandemicon ophthalmology residency training in Portugal. MATERIAL AND METHODS: Descriptive survey-based study applied to current Portuguese ophthalmology residents (n = 80 eligible). RESULTS: Seventy-five residents participated (94% response rate). All except one (99%) admitted a change in their routine clinical practice during the pandemic, and most (89%) continued to be engaged in ophthalmology department duties. Twenty-five percent were deployed to COVID-19 units, which was combined with ophthalmological activities in about half of them (47%). A significant proportion of participants stated that they were enrolled in the following ophthalmological activities: emergency/inpatient care (87%), outpatient visits (73%; general 70% vs subspecialty 29%), and surgical procedures (64%). Twenty-five percent did not assist in any outpatient visits and 36% did not participate in any surgical procedures. On a scale from 1 (no impact) to 5 (maximum impact), most participants classified their perceived negative impact of the pandemic on the training program as 3 (24%), 4 (40%), or 5 (27%). Participants highly agreed with the extension of the residency program (80%) in order to to make up for training disruption. DISCUSSION: Most trainees provided ophthalmological care during the pandemic. However, those clinical activities were essentially related to general and emergency care. Surgical experience was significantly curtailed. As such, strategies are needed to guarantee a high-quality learning process. Further studies are required to develop an international perspective on how ophthalmology training programs have been affected so that educational organizations can make recommendations regarding standardized adjustments to training programs. CONCLUSION: The COVID-19 pandemic has significantly impacted the training of ophthalmology residents nationwide.
Introdução: Este estudo teve como objetivo avaliar o impacto da pandemia COVID-19 no internato de Formação Específica de Oftalmologia em Portugal. Material e Métodos: Estudo descritivo dos resultados obtidos de um questionário aplicado a todos os internos de Formação Específica de Oftalmologia em Portugal (n = 80). Resultados: Setenta e cinco internos participaram no estudo (taxa de resposta de 94%). Excetuando um caso, todos (99%) admitiram alteração da sua prática clínica durante a pandemia, e a maioria (89%) manteve atividades clínicas no seu serviço de Oftalmologia. Vinte e cinco porcento foram integrados em unidades COVID-19, e metade desses inquiridos (47%) desempenharam concomitantemente atividades no âmbito da oftalmologia. Uma percentagem significativa dos inquiridos referiu estar envolvido nas seguintes atividades clínicas oftalmológicas: serviço de Urgência/consultas internas (87%), consultas externas (73%: geral 70% vs subespecialidade 29%), e cirurgias (64%). Vinte e cinco porcento não participaram em consultas externas, e 36% em procedimentos cirúrgicos. Numa escala de 1 (sem impacto) a 5 (máximo impacto), a maioria dos inquiridos classificou o impacto percecionado da pandemia no internato de Formação Específica de Oftalmologia em 3 (34%), 4 (40%) e 5 (27%). Oitenta porcento dos inquiridos enumerou a extensão do período do internato de Formação Específica como uma medida a adotar para minimizar o impacto negativo da pandemia. Discussão: A maioria dos internos mantiveram-se a desempenhar atividades clínicas no seu serviço de Oftalmologia, principalmente no âmbito da oftalmologia geral e de urgência. O desempenho de atividade cirúrgica foi largamente afetado. São necessárias estratégias adaptativas para garantir a continuação adequada da formação dos internos. Futuros estudos noutros contextos geográficos permitirão perceber de que forma os programas de formação em oftalmologia estão a ser afetados ao nível internacional, para que as organizações educacionais possam elaborar recomendações. Conclusão: A pandemia COVID-19 teve um impacto significativo no internato de Formação Específica de Oftalmologia em Portugal.